Centro Cultural Curitiba – BSGI

Centro Cultural Curitiba – BSGI
Ano: 2011
Cliente: Associação Brasil Soka Gakkai
Status: Executado
Local: Curitiba/ PR

O novo Centro Cultural da Associação Brasileira da Soka Gakkai (BSGI) em Curitiba se tornou um importante edifício da associação presente em 192 países do mundo com sedes em diversas cidades brasileiras. A comunidade da BSGI de Curitiba se transferiu de uma sede menor no bairro Jardim das Américas para seu novo Centro Cultural com mais de 2.000 m² em lote de 6.270 m² no Bairro Alto, em Curitiba. Na ocasião foi realizada uma grande festa com danças típicas, discursos de autoridades e dos arquitetos responsáveis pelo projeto, além da presença do presidente da Associação no Brasil.

IMPLANTAÇÃO
A edificação monolítica ocupa a porção central do terreno de esquina, garantindo afastamentos generosos das divisas e proporcionando assim amplas visuais e possibilitando a articulação de pequenas praças ao seu redor. A estratégia de implantação permite eventual ampliação por meio de edifício anexo na porção posterior do lote, aonde atualmente encontra-se o estacionamento de veículos.

ACESSOS
O acesso de pedestres ocorre na porção central da testada principal, alinhado com a entrada principal da edificação. Os acessos de veículos ocorrem nas extremidades do estacionamento em “L”, além de um acesso especial para autoridades próximo ao acesso de pedestres e com conexão ao estacionamento.

PAISAGISMO
O tratamento das áreas externas foi articulado a partir de 5 praças alocadas ao redor do edifício. Com formato circular, cada praça representa um elemento importante à cultura budista e da Soka Gakkai.

PAVIMENTO TÉRREO
O edifício possui permeabilidade visual e de circulação  no pavimento térreo, integrando-o com o entorno. O acesso principal se localiza em sua porção central, destacado por uma marquise metálica e o acesso secundário é o espelhamento deste, também no centro da edificação. Buscou-se fácil legibilidade dos ambientes internos articulados a partir dos acessos. No setor leste encontra-se o auditório para 500 pessoas, salas técnicas e acesso de serviços. O setor oeste comporta a ala administrativa, sanitários, sala para convidados e auditório pequeno para casamentos e outros eventos de menor porte com capacidade para 200 pessoas. Ainda na ala oeste, voltado para a fachada principal, encontra-se a circulação vertical.

PAVIMENTO SUPERIOR
No pavimento superior encontram-se salas multi-uso – especialmente para orações e aulas, os escritórios, sala de música e conexão com ao 1º balcão do auditório através de passarela suspensa sobre o hall principal. Na porção leste, encontram-se salas de ensaio na porção posterior do auditório.

BIOCLIMÁTICA

O edifício conta com diversas soluções para melhoria de sua qualidade ambiental. O auditório possui sistema de controle de ruídos composto por diversas camadas de materiais isolantes abaixo da telha sanduíche e junto ao forro. Foram criadas aberturas zenitais na circulação do pavimento superior com janelas laterais que permitem o controle térmico da edificação. No inverno rigoroso de Curitiba, mantém-se as janelas basculantes fechadas, garantido assim a permanência do calor dentro da edificação. Já no verão, as janelas são basculhadas permitindo a liberação do ar exausto e quente criando um efeito-chaminé no centro do edifício, com tomada de ar pelas portas de acesso e pelas janelas laterais.

VOLUMETRIA
Visando unidade entre os 2 setores do edifício, foi projetada uma cobertura que “abraça” o auditório com forma mais angulada, assim como o setor administrativo e acadêmico. Como estratégia para aumentar a área útil da sala de música e escritórios no pavimento superior, projetou-se estes volumes para fora da fachada principal, dinamizando assim a volumetria. Nas abas laterais do auditório, as paredes inclinadas possibilitam proteção e destaque às saídas de emergência assim como criam movimento. O contraste entre o vidro, o granito flameado e as empenas brancas também proporciona maior identidade a obra.